Canonical lança Ubuntu 12.10

Seguindo o habitual calendário de 2 versões/ano, a Canonical apresentou o novo Ubuntu 12.10 “Quantal Quetzal”, ao qual se juntam outras distribuições baseadas como o Kubuntu, Xubuntu, Ubuntu Studio entre outras.

Uma das novidades mais visível para o utilizador comum é a melhoria do Unity, que passa a contar com previews de aplicações, vídeos, música, documentos e outros ficheiros (através do botão direito do rato).

A vertente social ganha também maior visibilidade através do Gwibber, integrado directamente no Dash facilitando o acesso às redes sociais, o acesso a fotos quer localmente quer no Facebook, Picasa e Flickr fica também disponível, finalmente aquando do acesso a resultados de procura serão exibidos links em lojas online, opção que pode ser desactivada em “System Settings”.

Outra das novidades são as webapps, que permite a alguns sites interagirem directamente com o Ubuntu com o Gmail, o Last.fm ou o Facebook, os anteriores menus “User Menu” e “System Menu” foram unificados no novo “Session Menu“.

Para descobrir todas novidades o melhor mesmo é experimentar o Ubuntu 12.10, o download (altamente aconselhado! :) ) pode ser feito em http://www.ubuntu.com/, e as sempre utéis release notes por aqui.

Fedora 17 “Beefy Miracle”

Depois de alguns atrasos chega hoje o Fedora 17 “Beefy Miracle”, a distribuição Linux apoiada pela Red Hat que se destaca por ser uma distribuição baseda apenas em software gratuito e open source.

Esta nova versão traz incluído uma versão do GNOME Shell que pode ser utilizada mesmo em sistemas que não suportem aceleração por hardware, as típicas directorias do sistema /bin, /sbin, /lib e /lib64 deixam de existir e passam a estar incluídas na /usr.

Uma nova sandbox permite correr aplicações de forma isolada utilizando o KVM ou o LXC, o GNOME 3.4 introduz também novas opções de pesquisa e melhorias em aplicações como o Documents e Contacts, o Boxes permite um fácil acesso às máquinas virtuais e a última versão do GIMP (2.8) está também incluída.

Destaque principalmente para programadores a inclusão do Java 7 (OpenJDK7), o Eclipse Juno, GCC 4.7.x, Ruby 1.9.3 e o PHP 5.4.

O upgrade ou o download são altamente recomendados, para download estão disponíveis vários gestores de ambiente de trabalho: GNOME, KDE, LXDE e Xfce aqui, outra opção pode ser utilizar o BitTorrent.


DNS seguro através do DNSCrypt

O sistema de resolução de nomes mais conhecido pela sigla DNS (Domain Name System) é um dos principais motores na utilização da Internet, o seu objectivo é converter um nome (domínio) para um endereço IP.

Assim sempre que se visita um website, envia um e-mail ou se utiliza qualquer outro serviço online estamos a utilizar o DNS.

O problema é que a informação é trocada em plain text sem segurança, e em especial no último troço da ligação à Internet, isto é, a ligação entre o ISP e o utilizador, se alguém mal intencionado tiver acesso a algum equipamento neste troço pode aceder a informação privada ou “desviar” o utilizador.

Para resolver esta falta de segurança o OpenDNS criou o DNSCrypt, que cifra o tráfego DNS entre o utilizador e o próprio OpenDNS, em analogia o mesmo que o SSL faz com o HTTP tornando o tráfego seguro (https://) e longe de olhares alheios.

Para conhecer melhor este serviço é só passar pela respectiva página – DNSCrypt, embora se encontre em Preview Release está perfeitamente funcional e disponível para Mac OS e Linux e brevemente para Windows também.

A configuração é simples e as vantagens que traz na segurança são grandes, neste tutorial vou mostar a configuração do DNSCrypt no Ubuntu 12.04.

  1. Para começar fazer o download do pacote respectivo no GitHub do OpenDNS em https://github.com/opendns/dnscrypt-proxy/downloads e instalar.
  2. No terminal executar: sudo dnscrypt-proxy -d , a opção “-d” põe o servidor a correr em background.
  3. No “Network Connections” escolhendo a ligação a utilizar fazer “Edit…” e na tab ”IPv4 Settings” escolher “Automatic (DHCP) addresses only” e no campo “DNS servers” colocar 127.0.0.2 (ou outro IP da máquina excepto 127.0.0.1 que está ocupado pelo dnsmasq, uma cache DNS local).
  4. Este passo e o próximo são opcionais mas altamente recomendados, para não ter de iniciar o serviço sempre que se desliga ou reinicia o computador ir a “Startup Applications” e fazer “Add”, preencher os campos nome e comentário (opcionais) e no comando colocar dnscrypt-proxy -d -a 127.0.0.2 .
  5. Finalmente e porque para correr são necessários privilégios de root, é preciso editar o ficheiro /etc/rc.local e adicionar dnscrypt-proxy -d -a 127.0.0.2 antes de “exit 0″.

E está feito, com isto a segurança no tráfego DNS é assegurada na ligação à Internet, para confirmar se está tudo bem configurado basta aceder aqui.